domingo, novembro 19, 2006

MEGALupa: Ó Jaime Pacheco, este nem precisa de testes de ADN para se ver que é teu filho...

Uma aventura amorosa no Verão de 1984 fez de Jaime Pacheco pai, no ano em que trocou o FC Porto pelo Sporting. Mas o técnico ‘axadrezado’ nunca reconheceu paternidade de Jaime Ribeiro, também ele futebolista. Apesar das tentativas do jovem de Olhão, só por duas vezes esteve com o pai. Nem um telefonema, uma prenda de Natal...
Jaime tem nome próprio igual ao do pai, mas o progenitor não lhe quis dar o de família. A razão? Nunca o reconheceu como filho. O apelido Ribeiro vem da mãe e a identidade deste pintor de carpintaria, de 21 anos, resume-se a estes dois nomes. Na parte de trás do bilhete de identidade, no campo filiação, apenas surge o da mãe. Para todos os efeitos, Jaime Ribeiro é filho de pai incógnito. Incógnito na burocracia, mas nome bem conhecido dos portugueses. O amor paternal apenas foi transmitido pelas imagens televisivas e a existência de um padrasto minimizou os danos durante a infância.
Jaime Pacheco vivia tempos dourados em meados de 80. O FC Porto lançou-o na ribalta mas quis o destino que fosse parar ao Sporting. Nesse ‘quente’ defeso – Sousa acompanhou-o e Futre fez a viagem contrária –, tudo mudou na vida de Jaime Pacheco, assim como de Maria de Fátima Conceição Ribeiro. Natural de Olhão, esta jovem então com 26 anos cruzou-se com aquele que era um dos melhores jogadores portugueses do momento.
“Tudo aconteceu no Verão de 1984. O meu pai [Jaime Pacheco] estava de férias em Portimão, a minha mãe também estava lá em casa da irmã. Conheceram-se numa esplanada, trocaram contactos, saíram algumas vezes, e as coisas acabaram por acontecer. Mais tarde nasci eu”, conta quem é o fruto dessa relação fugaz: “Foi apenas uma aventura.”
Jaime Ribeiro herdou os genes futebolísticos e as entradas no cabelo. Mas apenas quer manter o contacto e ser reconhecido como filho pelo técnico do Boavista. Ao invés, desde essa aventura, Jaime Pacheco nunca quis ter ligação com a consequência do seu ‘affair’.
O jovem algarvio diz não guardar rancor do pai, mas gostava que tudo tivesse sido diferente. “É esquisito. Sou filho de uma pessoa famosa, que todos conhecem, e não cresci com ele. Acima de tudo, é meu pai e gostava de ter uma relação com ele”, disse ao Correio Vidas. Tentativas não faltaram para ‘pintar’ esta história de cor-de-rosa. “Quando tinha três anos, o meu pai veio jogar a Portimão e a minha mãe levou-me a conhecê-lo. Foi a primeira vez que o vi. A última foi há cerca de seis anos. Fui de surpresa ao Bessa e foi estranho. Ele não estava à espera. Apresentei-me como filho, falámos, disse-me que iríamos manter o contacto mas para deixar a minha mãe e a Imprensa fora da história. Não queria isto divulgado. Ficou de me ligar e ainda hoje estou à espera.” Nunca mais colocou os olhos em cima do pai – excepto na televisão –, mas fez várias tentativas telefónicas. Sem resposta, acabou por desistir. “Nunca tive nada dele, nem um presente de Natal. Mas, graças a Deus, não preciso dele para nada e espero nunca precisar. Tenho a minha vida orientada”, assegura, mostrando-se, ainda assim, “um pouco revoltado”.
Jaime Ribeiro não tem uma justificação, apenas suposições. “Talvez não me assuma por estar arrependido do que se passou. Como não foi planeado, não devia querer o filho. Não sei se a actual mulher dele sabe que existo, mas já me disseram que ela tem um feitio muito peculiar e não aceitaria bem o facto de o meu pai ter um filho de outra mulher. Essa pode ser outra razão”, sugere. A indiferença paternal pode estar igualmente ligada, segundo o jovem algarvio, à popularidade de Jaime Pacheco. “Deve pensar que quero estar com ele por dinheiro. Mas não quero nem nunca hei-de querer nada dele”, frisa.
Não existe nada palpável que prove a ligação de sangue entre os ‘Jaimes’, mas também não é preciso. “A minha mãe nunca fez testes pois não precisa de provar nada. Ela sabe que ele é o meu pai e ele também. Basta olhar para mim, que tenho 21 anos, para ver que sou muito parecido e que já tenho muita falta de cabelo como ele”, diz Jaime Ribeiro. “No início, a minha mãe tentou que ele assumisse a paternidade nos tribunais, mas o processo nunca andou. Depois desistiu. Devido à exposição pública, ao poder económico, o meu pai podia influenciar muita coisa.” E o tema nunca foi tabu em casa. “Nunca me escondeu nada. Fazia-lhe perguntas, tinha curiosidade, e ela respondia. Mas nunca a questionei muito sobre a relação deles.”
O Correio Vidas tentou, mas Maria de Fátima recusou falar do passado. Mas, segundo o filho, lida bem com o assunto. “Não lamenta nada nem se sente triste e amargurada. Prefere olhar para o futuro”, explicou o pintor de Olhão, cansado de tantas negas. “Agora vou manter-me no meu cantinho. Não faço mais nada. Agora, caso queira, que seja ele a procurar-me. Fiz muita coisa e ele sempre me rejeitou. Não vale a pena fazer muito mais.”
Jaime Ribeiro, que confessa saber tanto da vida do pai “como outra pessoa qualquer”, já não se desgasta muito com esta história. Nas recordações, apenas as duas vezes que esteve frente a frente com o pai, as imagens na televisão e um jornal. “Ele está lá numa foto com um dos meus dois meio irmãos. Gostava muito de conhecê-los.”

SPORTINGUISTA TORCE PELO PAI AUSENTE
Jaime Ribeiro é sportinguista mas torce sempre pelas vitórias do pai ausente. “Quero sempre que ele ganhe, excepto contra o Sporting. Tento acompanhar todos os jogos. Considero-o um excelente treinador, um dos melhores de Portugal, mas o Mourinho é fora de série”, confidencia o jovem algarvio, que seguiu as pisadas do pai mas não por influência deste. “Desde pequeno que quero jogar à bola. Sempre foi um dos meus sonhos.”
E as semelhanças não se resumem à aparência física. “Jogo na mesma posição que ele ocupava, a médio-centro, trinco. Mas é fruto do acaso, pois até comecei como extremo. Temos alguns atributos semelhantes dentro de campo, já que a maneira de correr é idêntica, a garra em campo, a leitura de jogo, os passes. São muito parecidos. Pelo menos é o que as pessoas dizem.
Começou aos cinco anos nas escolinhas do Olhanense, chegou à equipa B do Marítimo e agora é amador no Culatrense. “O futebol profissional já é uma página virada na minha vida. Não quis nada comigo.”

DESABAFOS
- "Quando era pequeno, sabia que o meu pai era futebolista mas não calculava o mediatismo que ele tinha. Sempre fui parecido com ele"

- "Nunca tive nada dele, nem um presente de Natal. Não precisei dele e espero nunca precisar. Tenho a vida orientada"

- "O meu pai deve pensar que só quero manter uma relação com ele por causa do dinheiro"

PERFIL
Jaime Ribeiro nasceu a 11 de Abril de 1985 em Olhão, cidade onde sempre residiu. Sportinguista, começou a jogar futebol aos cinco anos, nas escolinhas do Olhanense – onde actualmente dá aulas –, passou pelo CD Marítimo/Olhanense e foi júnior no Farense. Experimentou o profissionalismo no Marítimo B, mas as coisas não correram bem. Voltou ao Algarve, onde agora é pintor de carpintaria. Vive com a mãe, o padrasto e os avós e, sempre que o tempo lhe permite, gosta de estar com os amigos, ouvir música e jogar no computador.

FILHO DE CAJUDA É O MAIOR AMIGO
Apesar da ausência paternal, Jaime Ribeiro sempre cresceu dentro de um ambiente saudável. A mãe, vendedora de mobiliário, e o padrasto, empreiteiro na construção civil, sempre lhe proporcionaram uma vida dentro da normalidade. O padrasto sente-se como pai de Jaime Ribeiro e o jovem pintor agradece-lhe tudo o que ele lhe ensinou e proporcionou. Esta calmia familiar permitiu-lhe uma infância feliz, rodeada de pessoas de quem gosta. “O meu pai sempre foi grande amigo da família do treinador Manuel Cajuda. Eles também são daqui, de Olhão. A minha mãe sempre se deu muito bem com a mulher dele”, explica Jaime Ribeiro, que tem em João Cajuda – um dos filhos do técnico e que é actualmente actor, já tendo representado na série juvenil ‘Morangos com Açúcar’ e na telenovela ‘Fala-me de Amor’ – um grande suporte ao longo dos tempos. “Foi o meu primeiro amigo e sabe tudo da minha vida. Sabe que o meu pai nunca me irá ligar. Falamos algumas vezes disso e aconselha-me bastante.”
Mas a ligação de Jaime Ribeiro ao desporto-rei não fica por aqui, já que é primo de Hélio Pinto, actualmente jogador do Apoel, equipa do escalão principal do Chipre. “Ele sempre me apoiou em tudo. Vejo-o como um irmão.”
“Tive uma infância e juventudade como qualquer outra criança. As pessoas sempre me trataram muito bem, sabiam que o Jaime Pacheco era o meu pai. Fui muito acarinhado pelo facto de ter um pai ausente. Até mesmo na escola. Mas era mais visto por ser filho do Jaime Pacheco, pessoa que todos conhecem, do que por ser o próprio Jaime.”

6 comentários:

Anónimo disse...
1:07 da tarde
 

Já parece a revista Maria este blog...

Anónimo disse...
1:16 da tarde
 

Ó Kila, lá de outro ainda percebia, mas de ti... Isto é o MEGAFONE2. Ou seja, aqui vale tudo. Não há regras nem constrangimentos. Estás farto de saber disso. E diz lá que esta não tem piada... eheheh... o rapaz é a cara chapada do velhote... Anima-te!!!

Anónimo disse...
2:09 da tarde
 

Agora mais a sério: o Jaime Pacheco tem aquela imagem de homem do povo, trabalhador sério e honesto que tanto respeito inspirou a toda a gente quando o Boavista foi campeão nacional. No entanto, este caso vem revelar que afinal o ídolo tem pés de barro. O homem íntegro teve coragem de saber que tinha um filho, que é a cara chapada dele, e nada fazer sequer para o reconhecer e proporcionar-lhe uma vida digna apesar de ter a felicidade de ser milionário. Sinceramente, fiquei muito desiludido. Mostrou ser apenas mais um gajo famoso que se aproveitou da sua imagem de futebolista para comer umas gajas e depois não assumir as responsabilidades. E a seriedade deste Jaime Ribeiro está expressa no facto de nunca ter exigido nada nos tribunais, dado que até teria os seus direitos. Fico feliz de isto não ter acontecido comigo. E espero que não tenha ocorrido nada de semelhante contigo, Kila, nem com ninguém que conheças. Pior do que crescer sem pai, é crescer sabendo que o nosso pai nos despreza tendo de o ver diariamente nos jornais e televisão. Não desejo essa experiência a ninguém. Pensa nisso antes de vires com essa frase feita da "Revista Maria". Viste-me a falar aqui da cenas das filhas do Quaresma? Claro que não. Este caso é muito diferente e, tirando o lado mais divertido das semelhanças entre os dois, há uma situação humana que nos deveria merecer mais respeito e fazer pensar.

Anónimo disse...
9:10 da tarde
 

entao poe la a historia das filhas do quaresma

Anónimo disse...
2:49 da tarde
 

Esta historia de verdade, nao tem nada! O Jaime pacheco nao sabia da existencia deste filho!! E se ele esta tao preocupado que teve um pai ausente a mae é que se devia ter preocupado em ter ligado quando soube que estava gravida ou ao longo dos anos tentar comunicar com a familia. È um facto que é muito parecido, e nao ha duvidas que sao cara chapada um do outro mas pff uma pessoa que conta esta historia a uma revista, nao pode ser uma pessoa seria. Isto tudo é por protagonismo. Ah e INDY acho que esta a tirar conclusoes mto precipitadas .. sinceramente acha que alguem neste momento tá capaz de nao exigir nada do que é seu ou ate que nem seu é ? E se o jaime ribeiro sabe que tem irmaos, porque é que nunca tentou falar com eles ? O jaime pacheco, é um bom pai de familia acredite e essa imagem de homem do povo trabalhador serio e honesto é verdadeira.

Anónimo disse...
11:39 da tarde
 

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